Bolsonaro condena ataque no DF e faz balanço de seu governo em live

Autor: Thiago Rocioli

Fonte:

30/12/2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma transmissão ao vivo hoje (30) em suas redes sociais e fez um balanço sobre os quatro anos no poder. É provável que ele deixe o Brasil e vá para Miami, nos Estados Unidos.

Ele condenou a tentativa de ato terrorista, ocorrida em Brasília no último dia 24 de dezembro. Bolsonaro foi derrotado nas eleições deste ano, para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele adotou uma agenda reclusa, com poucos compromissos oficiais e raras aparições públicas.

Na live, o presidente disse que a ameaça de bomba “não se justifica”, mas criticou a imprensa por identificar o homem preso como “bolsonarista”. Em 24 de dezembro, um caminhão estava próximo ao aeroporto de Brasília quando a polícia foi avisada sobre a presença de um artefato explosivo, que depois foi detonado. No sábado, o bolsonarista e empresário George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso por envolvimento no esquema.

“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como ‘bolsonarista’ o tempo todo”, disse o presidente.

FORA DO PODER

Nesta semana, Jair Bolsonaro definiu a equipe que vai acompanhá-lo assim que ele deixar o comando do Palácio do Planalto, a partir de 1º de janeiro de 2023. O Diário Oficial da União (DOU) trouxe o nome de oito auxiliares que irão assessorar Bolsonaro. Pela primeira vez em 34 anos, o atual presidente não terá um cargo político. Para além dos benefícios do cargo que ocupou e da aposentadoria a que tem direito pela Câmara dos Deputados, ele deve assumir o posto de líder da direita para as próximas eleições. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, acertou que o partido bancará as despesas de Bolsonaro a partir de 2023, que será convidado para ser presidente de honra da sigla. Na condição de ex-presidente da República, Bolsonaro tem direito de nomear até oito assessores, que serão remunerados com salários que podem chegar a R$ 13,6 mil e terão despesas com passagens aéreas e diárias de viagens pagas pelo governo, assim como ocorre com os outros ex-presidentes do país. 

Foto: Marcos Corrêa/PR