O título quebra um jejum de 36 anos da Argentina em Copas. Ela havia conquistado o Mundial em 1978 e 1986. Com isso, se isola como tricampeã, à frente de França e Uruguai, com duas taças, Inglaterra e Espanha, com uma. A Itália e a Alemanha aparecem à frente, com quatro títulos, superadas apenas pelo Brasil, com cinco.
Aos 35 anos, Messi finalmente tem uma Copa para chamar de sua. E da melhor maneira possível: a final que ele acaba de ganhar foi a melhor da história. A mais emocionante de todas. Como em um roteiro de cinema, o jogo teve domínio de um lado, um nó tático desfeito e um empate heroico, tudo corado com uma prorrogação cheia de emoções. Se dois gols já seriam o suficiente para 30 minutos de emoções, os dois times perderam chances no segundo tempo. Tanto argentinos, quanto franceses viram bolas na cara do gol defendidas quando uma alteração no placar mataria com as chances do rival.
Messi fez dois gols, um no tempo normal e outro na prorrogação. Argentina abriu 2 a 0 com Messi e Di María no primeiro tempo, mas levou o empate no fim do tempo normal com dois gols de Mbappé. No tempo extra, o craques apareceram novamente: Messi e Mbappé fizeram um gol cada numa prorrogação maluca e levaram a final para os pênaltis. Os dois times tiveram chances claríssimas nos últimos instantes. Nos pênaltis, Mbappé e Messi converteram as primeiras penalidades. O goleiro Dibu Martínez defendeu a finalização de Coman e Tchouameni também desperdiçou. 4 a 2 para a Argentina, com Montiel marcando na última cobrança.
O goleiro Martínez brilhou muito. Além do pênalti defendido, ele fez um milagre no fim da prorrogação, em chute de Muani. A Argentina fez primeiro tempo perfeito. Em 35 minutos, o placar estava 2 a 0 e o título parecia perto. A superioridade teve participação direta de Lionel Scaloni, que surpreendeu com Di María na ponta esquerda. Foi ele quem sofreu o pênalti e marcou o segundo gol. Didier Deschamps, treinador da França, reconheceu o nó tático e revidou com duas mexidas ainda no primeiro tempo. Muani e Thuram, que entraram muito bem. Assim como contra a Holanda nas quartas de final, a Argentina teve força mental para superar a reação do adversário e vencer nos pênaltis.
Com apenas 23 anos, Kylian Mbappé se tornou o maior artilheiro de finais de Copa. Ele chegou a quatro gols marcados em decisões. O hat-trick do francês contra a Argentina foi apenas o segundo da história em uma final de Copa.
Foto: Dan Mullan/Getty Images