Mulher é presa após reagir a estupro e matar homem em Minas Gerais

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

08/11/2022

Uma mulher de 30 anos foi presa pela morte de um idoso de 72, após, segundo a advogada dela, se defender de um estupro por parte do homem. O caso ocorreu no município de São Lourenço, no sul de Minas Gerais.

A ocorrência foi registrada no dia 23 de outubro quando, segundo a advogada de Stefanie Marques Ferreira Candido, o suspeito tentou beijá-la e passou a mão pelo corpo dela.

"Ela conseguiu reagir e eles tiveram uma briga corporal. Em um certo momento, ela conseguiu ficar por cima dele e começou a apertar o pescoço dele, até que ele desfaleceu", explicou uma das advogadas de Stefanie, Amanda Scalisse.

Stefanie foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após decisão judicial, mesmo contando aos policiais sobre a tentativa de estupro. Ela está, desde então, detida no presídio de Santa Rita do Sapucaí.

O caso da jovem, que é natural do estado do Rio de Janeiro e foi até o município de São Lourenço para realizar o sonho de ser barbeira, ganhou repercussão após amigos e familiares dela publicarem o relato das prisões nas redes sociais.



Eles questionam a falta de destaque no caso e pedem ajuda para arcar com os custos da defesa.

Em uma semana, pouco mais de R$ 7 mil foram arrecadados e as advogadas do escritório Angotti e Scalisse se voluntariaram para acompanhar o caso da mulher.

As representantes da mulher, que assumiram o caso na sexta-feira (4), fizeram um pedido de revogação da prisão de Stefanie, afirmando que a informação da violência sexual foi ignorada e ressaltando que ela é ré primária e possui bons antecedentes.

"Infelizmente, esse cenário de relativização da palavra da mulher, seja vítima ou acusada, é comum no Judiciário. Nosso papel é lutar para que a Stefanie seja ouvida e para que a Justiça, seja feita, pois ela agiu em legítima defesa", lembrou Amanda Scalisse.

Agora, a família de Stefanie também aguarda os próximos passos da Justiça na solução do caso.




Foto: reprodução/redes sociais
Reportagem: Lorena Barros/Uol