O IBGE divulgou a atualização mensal da previsão em relação à safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022.

A expectativa atual é que o país colha uma safra recorde de 261,7 milhões de toneladas este ano. Apesar do número recorde, a previsão diminuiu 0,7% em relação ao mês passado, o que equivale a um milhão e 800 mil toneladas a menos ao que estava estimado em julho.

Os 261,7 milhões de toneladas estimados para este ano, no entanto, representam um aumento de 3,3% em relação ao que foi colhido no ano passado, ou 8,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas a mais.

Os principais produtos da pesquisa são o arroz, o milho e a soja que, somados, respondem por mais de 90% da estimativa da produção.

Ainda de acordo com as projeções mais atualizadas do IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve aumentar este ano nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste Nordeste, na comparação com o ano passado e ser menor apenas na região Sul do país.

Entre os estados, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos,?com participação de 30,8% do total nacional. Depois aparecem, nesta ordem, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Juntos, esses seis estados representam praticamente 80% da produção nacional.

HISTÓRICO

A primeira estimativa para a safra agrícola de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê a produção de 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas. De acordo com o instituto, se os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) forem confirmados, será um recorde da série histórica, iniciada em 1975, com um aumento de 7,8% em relação às estimativas deste ano, o que representa 19,5 milhões de toneladas a mais.

A expectativa do IBGE é que a produção seja puxada pelo milho, após uma queda grande na safra do grão deste ano, por causa do atraso do plantio da segunda safra e da falta de chuvas nos principais estados produtores. Para 2022, a previsão é de alta de 11,1% para a primeira safra, com 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a segunda safra, com 16,2 milhões de toneladas.

O instituto prevê crescimento de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas, 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas. 

Por outro lado, a pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.

Informações: Redação/Agência Rádio2 e Agência Brasil
Foto: CNA/Wenderson Araújo/Trillux