A presidente Dilma Rousseff aproveitou o discurso em evento no interior do Paraná para responder a críticas feitas pelo senador tucano Aécio Neves (MG) em programa partidário de TV. Ao mesmo tempo, aproveitou para elogiar a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), provável candidata do PT ao governo paranaense.
Ao anunciar medidas para melhorar rodovias e estimular a construção de armazéns para a produção agrícola, Dilma disse que o governo federal quer investir anualmente R$ 5 bilhões para fazer armazéns "por esse País afora". "Nós queremos gastar, nós queremos. Porque tem gente que não quer", afirmou. Em programa exibido em 19 de setembro, Aécio escutou agricultores, falou de problemas de escoamento e armazenagem e disse que, "do ponto de vista de logística e infraestrutura, o Brasil parou no tempo".
A presidente anunciou que o Banco do Brasil vai financiar R$ 110 milhões para novos armazéns no Paraná e assinou ordem de serviço para trechos das BR-487 e BR-158 que passam pelo noroeste do Estado.
O governo também assinou com a Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo) o financiamento de 16 armazéns e entregou 179 máquinas, entre retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba, a 154 municípios do Estado. Representantes dessas cidades compuseram a claque do evento - houve até quem pedisse autógrafo para a presidente. No discurso, Dilma aproveitou para defender o programa Mais Médicos, bandeira do governo na saúde.
'Várias mãos'. No palanque, Dilma estava ao lado de seus ministros e do governador Beto Richa (PSDB). Candidato à reeleição, o tucano disse que "o povo é quem sofre" com divergências político-partidárias e que sua administração trabalha ao lado de prefeitos e prefeitas "sem distinção".
Diante do tucano, Dilma não economizou elogios a Gleisi Hoffmann. "Ela é minha mão direita, minha mão esquerda. É várias mãos", afirmou. Na plateia, alguns entusiastas gritaram "governadora" quando a ministra da Casa Civil apareceu.
O titular das Comunicações e marido de Gleisi, Paulo Bernardo, foi vaiado por pessoas que vestiam uniformes dos Correios. A empresa ainda tem funcionários em greve, que pedem melhorias nas condições de trabalho. Dilma pediu que a plateia parasse e alegou que não era momento de confraternização. Por fim, disse, impaciente: "Um abraço para todos vocês".
Fonte: Agência Estado