Inicialmente, a suspeita era de que a droga estivesse adulterada com a mistura de outro opioide, o fentanil.
O carfentanil é tão perigoso que a DEA, a agência americana de combate às drogas, já publicou um comunicado orientando agentes a não manusearem drogas se desconfiarem que contêm essa substância. O manuseio inadequado do carfentanil tem consequências mortais, destaca a agência.
“A dose letal para carfentanil em humanos é desconhecida. No entanto, como observado, ele é aproximadamente 100 vezes mais potente que o fentanil, que pode ser fatal na faixa de 2 miligramas, dependendo da via de administração e de outros fatores”, detalha a DEA.
No total, 24 pessoas morreram ao consumir a cocaína misturada com a substância, e dezenas de outras foram internadas com sintomas graves de insuficiência respiratória.
Além disso, cerca de 200 pessoas compareceram a postos médicos com sintomas graves de intoxicação e centenas de outras fizeram contato com postos de saúde buscando informações sobre o assunto.
O traficante paraguaio Joaquín Aquino, conhecido como “El Paisa”, e apontado como o responsável pela distribuição da cocaína adulterada, foi preso e teve uma ordem de expulsão permanente do país emitida. Outras 12 pessoas, também envolvidas na distribuição e venda da cocaína, foram detidas.
As primeiras mortes e internações pelo uso da droga adulterada aconteceram no dia 2 de fevereiro. Em poucas horas, os casos se multiplicaram em diversas regiões da província de Buenos Aires e as autoridades emitiram um alerta.
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