Motoristas brasileiros fazem fila em Puerto Iguazu, cidade na fronteira da Argentina com Foz do Iguaçu, no Paraná, para comprar gasolina pela metade do preço.
Autoridades argentinas limitaram a venda a 15 litros por veículo com placa estrangeira para evitar o desabastecimento na cidade.
Mesmo assim, os brasileiros continuam cruzando o território vizinho em busca da economia no preço do combustível, vendido entre 92 e 95 pesos, que equivale a aproximadamente R$ 3,15 e R$ 3,90 por litro. Praticamente a metade do valor médio de R$ 6,60 cobrado no lado brasileiro.
A busca pela gasolina mais barata atrai também os paraguaios, que pagam cerca de R$ 4,10 pelo litro no país. Como o limite máximo é por posto, muitos fazem uma romaria por vários estabelecimentos para encher o tanque.
Isso tem levado os donos de postos a separar o atendimento com uma fila exclusiva para os argentinos.
Autoridades da Câmara de Combustíveis da província de Missiones afirmam que Puerto Iguazú, com 80 mil habitantes, tem apenas cinco postos e a quantidade dos reservatórios não é suficiente para atender a demanda de motoristas do Brasil e do Paraguai.
Em outras cidades que fazem fronteira com o Uruguai, a procura pela gasolina argentina é também de motoristas desse país.
A espera pelo abastecimento chega a levar mais de 2 horas, o que provocou a instalação de outro tipo de comércio no entorno dos postos, com ambulantes que oferecem água, alfajores e câmbio de moeda.
Um motorista, que não se identificou, contou que alguns frentistas aceitam propina de R$ 10 para encher o tanque. Além do combustível, condutores brasileiros aproveitam a viagem para comprar carne e laticínios com preços mais baixos no lado argentino.
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