Estudo da vacina da Universidade de Oxford foi pausado nesta terça-feira (8), para análise técnica de reações adversas que podem ter sido causadas pelo imunizante. Segundo comunicado enviado pela Astrazeneca – que tem parceria do Brasil por intermédio da Fiocruz – problemas de saúde que possam ocorrer com participantes da pesquisa precisam ser analisados por uma equipe independente.
Há indícios de que um voluntário do Reino Unido teve reações, e apresentou um quadro de mielite, uma síndrome inflamatória da espinha dorsal que pode ser desencadeada por infecções virais. A informação foi prestada pelo laboratório ao veículo especializado em saúde e tecnologia Stat.
A farmacêutica não confirmou em qual segmento do estudo foi detectado o problema. Alguns pacientes recebem a vacina, e outros, o placebo, que não carrega substância medicamentosa. A paralisação para checagem dos resultados pode comprometer o cronograma previsto para a conclusão dos estudos.
Raquel Stucchi, pesquisadora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia destacou a necessidade de se ter cautela para o desenvolvimento de um reagente seguro. E afirmou que nenhuma das vacinas é para amanhã.
O acordo entre a AstraZeneca, Fiocruz e Ministério da Saúde prevê a oferta de 100 milhões 400 mil doses da vacina. Cerca de 30 milhões de doses seriam disponibilizadas até o mês de janeiro. E o restante nos meses seguintes.