Após a conquista do Mundo em 1998 dentro de casa e o vice em 2006 diante da Itália, na Copa da Alemanha, a França tem vários motivos para sonhar com o bicampeonato.
Os Le Bleus contam com uma geração jovem e uma das mais valiosas em termos de elenco mundial. Assim os franceses chegaram no Mundial para enfrentar Austrália, Peru e Dinamarca que completavam o Grupo C.
Na estreia, vitória apertada por 2 a 1 diante da Austrália e com a ajuda do árbitro de vídeo que confirmou o gol francês. Na segunda rodada, 1 a 0 diante do Peru, mas o resultado magro colocou “os azuis” nas oitavas de final, mesmo antes do fatídico 0 a 0 contra a Dinamarca, considerado por muitos um dos piores jogos da Copa.
No mata-mata, veio a tradicional Argentina que também não estava bem na Rússia e mesmo assim a desconfiança pairava frente ao futebol apresentado pela França.
Durante o jogo, o medo aumentou após a virada dos argentinos que perdiam por 1 a 0 e fizeram 2 a 1, logo no início do segundo tempo. Mas a França tinha talentos em campo e muito para mostrar e mostrou.
Com Antoine Griezmann e o jovem atacante Mbappé, os franceses fizeram implacáveis 4 a 2 e somente nos acréscimo sofreu o 4 a 3 que deu números finais ao confronto e a vaga francesa garantida.
Para voltar a uma final de Copa, os franceses tinham nas quartas de final mais um sul-americano pela frente. Em duelo contra o Uruguai, o selecionado do técnico Didier Deschamps, ídolo em seu país, aproveitou a ausência do craque uruguaio Cavani e venceram com autoridade.
O 2 a 0 com gols do zagueiro Varani e Griezmann que contou com falha do goleiro Muslera, devolveram aos de vez aos franceses a confiança em um grupo que ainda conta com jogadores como Pogba, Matuidi, Dembelé e Giroud.
Volta por cima?
Mais que voltar a decidir um título mundial, a França tenta superar a campanha na Copa de 2014, quando foi eliminada para a Alemanha nas quartas e o vice-campeonato da Eurocopa 2016. Dentro de casa, os Le Bleus caíram diante de Portugal, por 1 a 0.
De lá pra cá, antes de chegar à Copa, a França terminou as eliminatórias europeias em primeiro no grupo com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
Mesmo com o grande desempenho, Deschamps chegou a ser contestado e criou ainda mais polêmica após a lista de convocação recheada de talentos, mas que deixou de fora nomes como o do atacante Alexandre Lacazette, do Arsenal, Anthony Martial, do Manchester United, e Rabiot.
A França não começou bem a Copa, mas cresceu na hora certa e chega como favorita para o duelo semifinal diante da Bélgica, considerado por muitos especialistas, a final antecipada da Copa do Mundo.
O jogão entre as duas seleções acontece nesta terça (10), às 15h (horário de Brasília).