Casa de semiliberdade atende 13 jovens em Franca

Autor: Mirellem

Fonte:

27/03/2018

Com capacidade para atendimento de 20 jovens, Franca há dois anos vem desenvolvendo um trabalho voltado para o resgate de jovens que se envolveram em atos infracionais e que cumprem medidas socioeducativas em semiliberdade.

Atualmente são 13 jovens com idades de 14 a 18 anos que recebem o acompanhamento de uma equipe especializada. Na prática eles tem a oportunidade de retomar seus estudos e participar de cursos de capacitação profissional.

“Tudo é na rede, mas é feito todo um acompanhamento pelo setor pedagógico e pela equipe de referência” explicou a diretora, Elaine Alexandra de Alencar.

O trabalho de inserção na sociedade e mercado de trabalho conta com parcerias com instituições como SENAI, SENAC, Casa da Cultura e outros órgãos. A frequência dos alunos é monitorada, bem como o desenvolvimento de cada um nas atividades.

Ainda de acordo com a direção, dois menores estão incluídos em programa de aprendizagem e mais um candidato está sendo avaliado e com possibilidades de aprovação. Por meio desse sistema além de conhecimento através de cursos, o jovem tem maior chance de chegar a conquistar uma vaga no mercado de trabalho já que o programa é um facilitador para as empresas.

Elaine Alencar, diretora da unidade de semiliberdade da Fundação Casa / Foto: Samuel Cintra

“O trabalho é feito individualmente e nós temos uma equipe que é composta por psicólogo, assistente social, agentes educacionais, pedagogo e agentes de apoio socioeducativo” acrescentou a diretora.

Os profissionais fazem um levantamento de todo histórico de cada adolescente e em conjunto com a família é criado um Plano Individual de Atendimento (PIA). Após a definição as metas são determinadas para que o jovem cumpra durante o período da medida que varia de 06 meses a 03 anos.

Recentemente duas ações externas foram feitas na cidade, sendo que em uma delas três adolescentes participaram de um curso de confeitaria com tema voltado da Páscoa, na Sociedade Francana de Instrução e Trabalho para Cegos.

Eles aprenderam a produzir os tradicionais ovos de chocolate, ovos de colher e bombons trufados. Outra atividade foi a visita ao Jardim Zoobotânico onde os adolescentes conheceram o processo de cultivo de mudas de árvores nativas. Os trabalhos são acompanhados pelos agentes educacionais.

“O que a gente procura é fazer um trabalho dando a oportunidade deles conhecerem que existe toda uma sociedade de portas abertas” concluiu Elaine.

Ouça a entrevista:

Na área de saúde, os jovens que tem problemas com dependência química também são assistidos e encaminhados para o Centro de Atenção Psicosocial (CAPS) e as clinicas terapêuticas para façam o tratamento com a finalidade de deixar o vício.

A semiliberdade é uma extensão da Fundação Casa, o que diferencia é que o sistema de atendimento oferece a possibilidade para que os jovens que nela estão cumpram a medida sem internação.

Após a participação dessas atividades, os adolescentes retornam a noite para a unidade que está instalada na Rua Tiradentes, no Centro. O processo segue até que toda da medida seja cumprida e o jovem tenha condições de voltar para suas famílias.

O atendimento também é acompanhado pelo Ministério Público e o Juizado da Infância e Juventude.