Após longo período de treinamentos, o francano Odirlei Carlos Pessoni, de 35 anos viaja nesta terça-feira (30) para a Coreia do Sul, onde disputa as Olimpíadas de Inverno, que acontece de 9 a 25 de fevereiro, em Pyeongchang.
Odirlei faz parte da equipe de Bobsled que vai disputar nas categorias four-man e two man. A classificação do time brasileiro veio após os resultados na Copa América disputada nos Estados Unidos e Canadá. O Brasil ganhou duas das oito etapas da competição, em Salt Lake City e em Lake Placid, nos Estados Unidos, e foi vice-campeão do circuito (com 572 pontos), atrás dos Estados Unidos, em janeiro (26/1/2017), no trenó de quatro.
A seleção brasileira de bobsled, os Blue Birds, é formada por Edson Bindilatti, piloto, Odirlei Pessoni, Edson Martins, Denis Parreira, Erick Vianna, todos pusher e breakman, e Rafael Souza, breakman. As técnicas são Joanne Manning e Nicola Minichiello, da Grã-Bretanha. “A cada ano estamos mostrando do que é capaz o Brasil, os brasileiros e tenham certeza que estarão bem representados... É uma olimpíada que intercala com a de Verão e conto com a torcida de todos”, disse Pessoni em entrevista ao repórter Renato Valim durante o Pop News, da Rádio Imperador. Ouça abaixo:
O Brasil chegou ao 16º lugar no ranking mundial da Federação Internacional de Bobsled e Skeleton - posição que classificou a equipe para os Jogos de PyeongChang. Destaque mundial na equipe brasileira de Bobsled, Pessoni disputou em 2014 as Olimpíadas de Inverno na Rússia.
A delegação brasileira nas Olimpíadas de Inverno de 2018 conta com 10 atletas. Cinco do Bobsled, quatro da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) e Isadora Willians, da patinação artística.
FALTA DE INCENTIVO
Foram quatro meses fora do país, com treinamentos e competições, além da preparação realizada também em São Paulo (SP). Há vários anos na modalidade, o francano recebe incentivo através do programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, mas reclama da falta de apoio de outras autoridades ao esporte.
"A partir da nova gestão eu fui dispensado de Franca e não recebo nenhuma ajuda. Infelizmente, porque sempre representei e quis levar o nome da minha cidade, não só no Brasl, mas a vida é assim, quando a gente mais precisa as pessoas viram às costas", lamentou o atleta que agradeceu o carinho dos francanos. "Agradeço imensamente o apoio dos meus amigos, familiares. Conheço muita gente do esporte e todos tem torcido muito para mim e faço isso por amor e para cada um que torce por mim", ressaltou.
Pessoni também lembrou que Franca poderia ter sido sede para os treinamentos da equipe brasileira de Bobsled, mas segundo ele, não houve interesse por parte das autoridades do município. De acordo com atleta, assim como nos Estados Unidos, uma pista de borracha com 2 metros de largura e 60 metros de comprimento substitui os períodos sem gelo e possibilita o treinamento durante todo o ano, mas por falta de espaço na cidade, os treinos são realizados na capital paulista.
"Eu projetei uma pista que é encaixada de três em três metros e tive que levar para São Paulo, pois aqui não tive nenhum apoio. Tentei conseguir espaço para colocar essa pista em Franca e que pudesse ser o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira Bobsled, mas não consegui", disse.
Marlon Centeno, presidente da Fundação, Esporte, Arte e Cultura (FEAC) disse por telefone que desconhece o assunto e que está a disposição do atleta para os devidos esclarecimentos.
