O que era para ser um alívio virou um “pesadelo” para uma paciente que procurou o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), em Franca (SP). Cleuza Maria de Souza, de 48 anos está desde maio deste ano buscando concluir os exames com um especialista em cardiologia, mas uma mensagem enviada pela Secretaria de Saúde aumentou o drama da moradora.
A mulher chegou a fazer alguns exames no Centro de Diagnóstico por Imagem e após meses aguardando uma resposta, Cleuza foi informada pelo celular, em 18 de outubro que sua consulta no AME estava agendada para o dia 26 daquele mês. O que parecia o fim da espera acabou em surpresa, pois a consulta foi marcada pelo ambulatório para a mãe dela, Bárbara Maria de Jesus, morta há 20 anos. “Já faz seis meses que era para eu ter consultado com um cardiologista, consegui metade dos exames, mas a outra ainda não fiz. Vai indo até eu morrer, aí eles me chamam depois de falecida também, aí não adianta mais”, desabafou a paciente.
Moradora no bairro Santa Bárbara, a mulher procurou a reportagem do Pop Mundi e Rádio Imperador e disse que ao procurar o AME, a consulta foi cancelada, pois a paciente estava falecida. “Uma pessoa que trabalha num lugar desse tem que ter muita responsabilidade, porque a gente custa trabalhar para comer e tem que pagar ônibus que não é de graça”, reclamou Cleuza que gasta R$ 8,20 para sair do bairro e chegar ao AME.
A reportagem procurou os responsáveis pela Secretaria de Saúde que, ao tomar conhecimento do fato, entrou em contato com a paciente e agendou a consulta para o dia 14 de novembro. OUÇA