Engenheira denuncia prefeito Gilson e caso é encaminhado ao GAECO

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

10/11/2017

O clima esquentou nesta quinta-feira (10) durante os depoimentos na Comissão Processante aberta pelos vereadores que apuram irregularidades cometidas na administração do prefeito, Gilson de Souza (DEM).

Em pauta, o favorecimento do governo à construtora Pacaembu que teve autorização para utilização de espaço público para comercialização de imóveis em um novo conjunto habitacional que será construído pela empresa na zona norte da cidade.

O autor da denúncia, o radialista Marcelo Teixeira, conhecido como Marcelo Bomba, foi o primeiro a falar e reafirmou diante dos parlamentares que “a lei exige que o alvará só seja concedido depois da terraplanagem, da divisão das quadras e a demarcação dos lotes, mas nenhum dos serviços foi feito” explicou.

Após ser questionado pelos integrantes da comissão, o comunicador disse que irá entregar os documentos que apontam as irregularidades cometidas pela administração.

Aline Salomão, engenheira fez graves denúncias durante depoimento à Comissão Processante

A situação ficou ainda mais tensa depois que a engenheira civil e que atualmente atua no setor de planejamento da Prefeitura, Aline Salomão Silva Maia, fez graves acusações contra o prefeito, Gilson de Souza.

Aline é servidora pública concursada desde 2011, ela confirmou que trabalha na aprovação de obras e loteamentos desde 2013. Ao ser questionada pelo presidente da comissão, Adérmis Marini, a engenheira falou sobre como foi a aprovação do processo da construtora em questão.

“Um determinado dia o prefeito chamou eu e o Fabrício no gabinete, estava ele e o chefe de gabinete, Agostinho, na época, para questionar o porque a gente não podia emitir esse alvará. Nós informamos ao prefeito que a construtora, além de estar com pendência em relação a rede elétrica, também constava pendência de todos os projetos de infra estrutura do acesso até chegar ao empreendimento” disse Aline.

Ainda durante o depoimento, a engenheira afirmou que houve uma insistência para que os documentos fossem liberados.

“O prefeito questionou e o senhor Agostinho falou então para tirar isso do decreto. Nós informamos que isso não era possível porque já havia sido feito o registro em cartório. Mesmo assim ele falou que tinha que arrumar uma solução, tinha que ver como ia ser feito” denunciou.

A fala ainda trouxe novas informações com relação ao assunto.

“Não me lembro ao certo se foi no mesmo dia, ou no dia seguinte, ele chamou o engenheiro Fabrício novamente ao gabinete para uma conversa com o procurador Campanaro, o genro do prefeito, Rodrigo e o procurador Trancho. E nesse encontro questionaram o Fabrício sobre as obras de infra estrutura” acrescentou.

Veja como foram os depoimentos

O advogado, Denílson Pereira de Carvalho, que defende o prefeito, Gilson de Souza (DEM), por diversas vezes durante a reunião discutiu com o presidente da comissão, Adermis Marini (PSDB) e chegou a abandonar o encontro por não concordar com a maneira que o processo vem sendo conduzido na Câmara Municipal.

Ouça a entrevista dele à Rádio Imperador e Pop Mundi

Após as declarações, a engenheira foi convocada para um depoimento na sede do Ministério Público, onde segundo o que foi apurado inclusive o caso passa ser investigado pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).