Uma nova afirmação aumentou a dor da família da jovem Núbia Ribeiro, de 21 anos, brutalmente assassinada em setembro deste ano, em Franca (SP). Em palestra, ontem (25), na Jornada Jurídica, na Universidade de Franca (Unifran), o delegado Márcio Murari, responsável pelas investigações, afirmou que a vítima foi queimada viva.

Durante a palestra, o delegado disse aos presentes que “a menina foi queimada viva. Nós não divulgamos isso, a mãe já sabe dessa situação, mas a menina foi queimada, o médico legista confirmou, ela não estava acordada, mas ela tinha sinais vitais quando foi colocado fogo”, disse Murari.

A declaração repercutiu na cidade e causou grande comoção. Ouça o que disse o delegado:

No entanto, assim que soube da informação, Tania Ribeiro ficou surpresa com a fala do delegado e usou as redes sociais "eu não sabia não... Meu Deus quanto sofrimento! A cada dia meu sofrimento só aumenta... Mas com uma certeza: O brilho dela nunca vai se apagar na minha memória”, comentou a mãe da jovem.

A equipe do Pop Mundi e Rádio Imperador falou por telefone na manhã de hoje com Tania durante aproximadamente nove minutos.  Ainda sobre a revelação do delegado, a mãe disse que acredita que a advogada da família sabia, mas quis poupá-la. “Como a minha advogada estava ciente de tudo, ele deve ter falado isso, mas na realidade eu não sabia. Na verdade eu estou sendo poupada”, ressaltou a mãe.

A fala do delegado é diferente também da apresentada por ele durante coletiva, na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), quando Murari afirmou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que Núbia morreu em decorrência de um traumatismo craniano provocado por um golpe de martelo ou uma chave de roda. Questionado se a vítima teria sido queimada viva, o delegado foi contundente ao dizer “segundo o médico legista não há como ele afirmar, ele não deixou categórico, mas a gente acredita que sim, ele mesmo acredita que ela já estava morta”.

Ouça abaixo a coletiva do delegado no último dia 16, após laudo divulgado pelo IML.

Após a declaração do delegado durante a palestra, a mãe chorou e disse “eu arrumei forças, acho que das minhas fraquezas. Eu fiz o bazar, só que agora quando acabou tudo, a gente desfez da loja dela, então agora que o sofrimento está vindo, a ficha está caindo e que eu não vou ter ela mais, agora que realmente parece que está começando o meu luto”.

Núbia Ribeiro foi morta no dia 24 de setembro e os três acusados do crime estão presos. O casal Leonardo Gonçalves Cantieri e Lauany Viodres Prado, ambos de 20 anos, estão na cadeia do Jardim Guanabara, enquanto Ítalo Vinícius Neves, de 32 anos está recolhido na penitenciária de Franca.

Nesta sexta-feira (27) deve decretada pela justiça a prisão preventiva dos acusados. Após instaurado o inquérito, Tania Ribeiro espera que a justiça seja feita. “Vou conversar com o promotor que pegar o caso, eu vou atrás. Eu quero pena máxima, o que eles tiverem que cumprir que cumpram na cadeia”.