Os bens de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, preso durante a operação “Unfair Play”, foram congelados pela Suíça. A Suiça deve enviar para o Brasil extratos da movimentação bancária do presidente do COB. Os investigadores esperam comprovar o recebimento de propinas pagas à Nuzman durante os 22 anos na presidência da Confederação.
O congelamento vem após o depoimento a Polícia Federal da secretária de Carlos Nuzman, Maria Celeste de Lourdes Campos Pedroso. Ela afirmou que sabia das cobranças feitas pelo empresário senegalês Papa Diack. Diack é filho do ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo e estaria cobrando propinas para votar a favor do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos. Nuzman está preso provisoriamente na sede da PF.
Nuzman foi preso na última quinta feira (5). Além de Nuzman, Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio 2016 também foi preso pela PF. O presidente e o ex-diretor serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Com a prisão, Carlos Nuzman e o COB foram suspensos pelo Comitê Olímpico Internacional. A suspensão interrompe o fluxo de investimento do COI para o COB, além de impedir a presença do comitê nacional em conselhos e associações olímpicas, nacionais e internacionais. Nuzman ainda será excluído da Comissão dos Jogos Olímpicos do Japão 2020, no qual participava. Nuzman está na presidência do Comitê Olímpico Brasileiro há 22 anos.
Fonte: Agência do Rádio