“Me chamou de miserável e usou palavras de baixo calão”, assim contou a comerciante que levou uma cusparada no rosto quando recusou a dar dinheiro para um mendigo, em um semáforo da avenida Ismael Alonso y Alonso, em Franca (SP).
Em entrevista exclusiva ao repórter Marcos de Paula, pela Rádio Imperador e Pop Mundi, a mulher de 42 anos, disse ainda que não foi a primeira vez que foi abordada por moradores de rua, especialmente pelo mesmo que cuspiu nela.
A mulher fazia o trajeto para o trabalho, na tarde de ontem (4), quando parou em um cruzamento da avenida com a rua Simão Caleiro. Ela estava dentro do próprio carro, quando o sujeito conhecido como “Lobisomem”, aproximou-se do veículo e pediu dinheiro. Diante da recusa da motorista, ele cuspiu na vítima. “Logo em seguida estacionei meu carro na esquina da frente e o mesmo não manifestou nenhuma preocupação na conduta que tinha feito. A polícia chegou alguns momentos depois... mas disse que nada poderia fazer, já que não existe política pública específica para esses indigentes”, explicou a mulher.
Revoltada com a situação, a mulher chegou em casa e decidiu usar as redes sociais para manifestar sua indignação com o fato. Rapidamente o assunto gerou vários comentários repudiando o número de moradores de rua na cidade.
Sem respostas das autoridades, a comerciante lembrou a falta de políticas públicas e reclamou do seu direito como cidadã que foi violado diante do fato. “Não podemos ser lesados no nosso direito de ir e vir. Nem sequer ficar à mercê desses indigentes”, confira a entrevista abaixo.
Outro lado
Diante de inúmeras reclamações por parte da população francana, a reportagem entrou em contato com o secretário de Ação Social, Vanderlei Tristão, que ressaltou que o caso da comerciante trata-se de um caso isolado, já que o mendigo sofre de problemas mentais, tem causado diversos transtornos aos moradores e que está verificando a possibilidade de internação do mesmo.
Quanto aos demais moradores de rua, Tristão disse que 80% deles são francanos e possuem famílias, mas que a maioria deles não querem deixar a condição de pedinte e o uso de drogas, mas que outras ações estão sendo feitas, inclusive será publicado no Diário Oficial do Município um processo para que duas das 50 entidades assistenciais da cidade possam fazer um trabalho junto aos pedintes. Ouça abaixo.
Em entrevista ao repórter Thiago Garcia, pela Rádio Imperador e Pop Mundi, Tristão reforçou que uma campanha de orientação para os moradores deixarem de dar esmola aos pedintes também será lançada oficialmente na próxima semana.