O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão que condenou o empresário Pablo Russel Rocha, a 24 anos de prisão em regime fechado, acusado de arrastar até a morte a garota de programa, Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole, em setembro de 1998, em Ribeirão Preto (SP).
No ano passado, o empresário chegou a ser preso após julgamento, mas foi solto após decisão do TJ-SP que considerou que Rocha respondia a todo o processo em liberdade e não oferecia nenhum tipo de risco. Na ocasião o empresário foi condenado por homicídio triplamente qualificado, depois de arrastar Nicole por aproximadamente dois quilômetros com a francana presa ao cinto de segurança de uma caminhonete.
O advogado do réu, Sergei Cobra Arbex, disse que vai recorrer da nova decisão e também requereu o afastamento das qualificadoras – motivo fútil, sem chance de defesa da vítima e meio cruel – e a redução da pena aplicada.
O crime
Nicole foi morta em 11 de setembro de 1998, quando ficou presa ao veículo do empresário
A garota de programa teria sido arrastada pela Avenida Celso Charuri e então pela Avenida Maurílio Biagi. Em seguida, Rocha teria feito o retorno e acessado o Anel Viário Sul, até parar na Avenida Caramuru. O percurso total seria de dois quilômetros.
Laudos do IML (Instituto Médico Legal) comprovaram que Nicole estava grávida quando foi morta. O empresário de Ribeirão Preto (SP) negou as acusações.
