A greve dos jogadores do Mogi Mirim Esporte Clube, equipe do interior paulista que disputa a série C do Campeonato Brasileiro, criou um empasse na Série C do Campeonato Brasileiro de futebol. Os atletas decidiram não entrar em campo contra o Ypiranga de Erechim, time do Rio Grande do Sul, no domingo (13) em protesto contra a falta de pagamento de salários. Segundo os jogadores, há profissionais que não recebem há seis meses.
De acordo com o regulamento, além de perder os pontos relativos a partida, o Mogi Mirim poderá ser excluído de campeonatos oficiais por até dois anos, caso abandone a competição por falta de jogadores. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol apoiou a ação dos atletas e disse que vai encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva a denúncia pela falta de pagamentos dos salários.
“Apesar de sua história e tradição, clube com o perfil do Mogi Mirim não interessa ao mercado brasileiro. Se há um contrato assinado, deve ser cumprido. Se não há condições de cumprir corretamente o papel de empregador, afaste-se, que faça futebol amador, não profissional”, disse a entidade em nota.
De acordo com a direção do Mogi Mirim, a intenção não é abandonar o campeonato. O clube diz buscar maneiras para conseguir pagar os atletas, mas caso os jogadores decidam romper o contrato que têm com o clube, o time pode ficar sem jogadores para continuar na disputa. Se o time deixar a série C do Campeonato Brasileiro, todos os jogos já disputados até agora pela equipe do interior de São Paulo seriam anulados, com isso os quatro pontos conquistados pelo Botafogo (SP) ao vencer no turno e empatar no returno com o Sapão, seriam anulados, assim o time de Ribeirão Preto que tem hoje 21 pontos, ficaria com 17, caindo para a sexta colocação, fora do G4.
O sindicato dos atletas e a direção do time devem iniciar uma negociação a partir desta terça-feira (15) para chegar a uma solução para o pagamento dos salários atrasados e para a continuidade do campeonato.