Na manhã desta segunda-feira (07) uma diligência foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Educação, foram apreendidos 12 documentos que serão anexados como provas no inquério que foi aberto para apurar atos de improbidade administrativa na contratação de entidades para gestão de creches em Franca.
O promotor, Paulo César Borges, que é o responsável pela apuração esteve reunido com o secretário de Educação, Edgard Ajax Filho, e todo material apreendido será encaminhado para análise na promotoria criminal.
O vereadores, Claudinei da Rocha (PSB) e o líder do prefeito, Ilton Sérgio Ferreira (DEM) são os principais alvos da ação, e as supostas irregularidades teriam ocorrido durante a abertura do Chamamento 001/2017. Foram incluídas também a Instituição Espírita Joana de Ângelis e Associação Educacional e Cultural Amigos Solidários, instituições onde os parlamentares atuam como voluntários e que tem relação direta com os políticos que compõem a base governista do prefeito, Gilson de Souza (DEM).
As duas instituições foram inabilitadas para participação do processo e tiveram os recursos indeferidos. Diante da situação, segundo a promotoria pública, os vereadores estariam usando suas "influências políticas para pressionar servidores públicos para tentar reverter a situação".
Além dos documentos, ex-servidores públicos e testemunhas também devem ser ouvidas.
Outro lado
Nossa equipe entrou em contato com vereador e líder do prefeito, Ilton Sérgio Ferreira, que por telefone disse que não foi oficialmente notificado e que não irá se manifestar sobre o assunto.
O vereador, Claudinei da Rocha (PSB), é o atual presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente e Ilton Sérgio ocupa o cargo de vice-presidente. A comissão tem como atividade o acompanhamento dos investimentos na área de educação, entre eles, o gereciamento de creches, além da fiscalização do setor.
Ele negou as irregularidades em entrevista ao Pop Mundi e Rádio Imperador. Ouça:
Exonerações
A ação da promotoria aconteceu 12 dias após a saída da educadora, Silma de Alcântara Junqueira, do cargo de Secretária da Educação. A decisão de deixar o cargo teria sido motivada após nomeações políticas feitas pela administração na pasta e mudanças que não agradaram a educadora que resolveu se desligar do governo.
A demissão de uma das servidoras mais antigas na secretaria e que ocupou cargos estratégicos nos governos de Sidnei Rocha (PSDB) e Alexandre Ferreira (PSDB), Carmém Peliciari, responsável pela coordenação de creches na cidade pode ter sido a gota dágua para o desligamento de Silma.