Comércio de Ribeirão Preto tem queda de -2,84% nas vendas de janeiro

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

25/02/2015

Resultado reflete retração no consumo. Setor de vestuário teve maior queda. As vendas de eletrodomésticos foram o destaque positivo da pesquisa

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As vendas do comércio de Ribeirão Preto tiveram redução de -2,84% em janeiro de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sincovarp - Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e região.

Entre as empresas entrevistadas, 59,2% responderam que venderam menos em janeiro de 2015 do que no mesmo mês do ano passado, enquanto, 38,8%, declararam o contrário e 2,0% consideraram que as vendas se equivaleram no período.

Setorial - O pior desempenho de vendas foi o do setor de Vestuário (-8,20%) seguido por Móveis (-6,40%), Livraria/Papelaria (-4,58%), Ótica (-4,16%), Cine/Foto (-3,63%), Presentes (-3,00%) e Tecidos/Enxoval (­-2,01%). Apenas dois segmentos tiveram crescimento nas vendas: Eletrodomésticos (+4,40%) e Calçados (+2,00%).

Emprego - Com o desligamento dos trabalhadores temporários houve uma queda estimada em -0,61% no volume de postos de trabalho no comércio de Ribeirão Preto, em janeiro. Entre as empresas que responderam à pesquisa, 93,9% mantiveram o número de funcionários no período, enquanto 6,1% demitiram e nenhuma das entrevistadas declarou ter contratado. As maiores reduções ficaram por conta dos setores de Vestuário (-3,70%), Tecidos/Enxoval (-1,25%) e Presentes (-0,56%).

 Análise - Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp responsável pela pesquisa, os números de janeiro refletem o atual cenário econômico do país. "A economia brasileira vive uma desaceleração motivada por vários fatores externos. No entanto, a soma desses fatores mais a incapacidade do atual governo de estabelecer políticas econômicas que promovam soluções efetivas - como a gestão dos recursos hídricos, a dependência de nossa matriz energética desses mesmos recursos, a ineficiência, o alto custo de portos e aeroportos e a grave crise de confiança ocasionada por graves escândalos de corrupção - vêm gerando um clima de desconfiança e incerteza que engessa a economia", diz.

Ainda de acordo com Rodrigues, sob a ótica do investimento a atividade empresarial no país vem se tornando cada vez mais cara e complexa. "Isso reflete no preço dos produtos, dificulta a concorrência externa e, finalmente, o consumo. As últimas medidas adotadas pela atual equipe econômica, embora tenham o objetivo de resolver alguns problemas instalados, atuam como freio para a atividade econômica, entre elas o comércio, adiando ainda mais a recuperação da economia", finaliza.