O resultado da balança comercial de agosto de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, divulgado nesta semana, pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), dá destaque ao completo soja. As exportações do grão no mês de agosto recuaram em comparação com o mesmo período do ano passado. Reflexo do resultado dos embarques de soja em grão, que passaram para quatro milhões de toneladas, uma queda de mais de 23%. Já o farelo e o óleo fecharam o mês no positivo.
Os embarques de farelo totalizaram 1,636 milhão de toneladas (1.636.300 t), aumento de 30,56% (1.253.300 t). As vendas de óleo cresceram quase 50%, alcançando 138 mil toneladas. Apesar da queda das exportações do complexo, a Abiove afirma que o cenário é positivo, já que no acumulado do ano o resultado é melhor do que 2013.
"Nós já cumprimos 90% do programa de exportação deste ano. Só de soja em grão já embarcamos 42 milhões de toneladas de soja em grão, numa previsão de 45; de óleo já embarcamos 929 mil toneladas, numa programação de mais ou menos um milhão; de farelo temos uns 9,5 milhões, numa programação de 13,5 já embarcadas. O Brasil já está bastante adiantado num ano em que os preços estão excelentes. Tivemos uma abertura muito boa e está sendo bom para o país", reforça o secretário da Abiove, Fábio Galvão Bueno Trigueirinho.
O diretor da Novo Rumo e Agrosya Commodities, Mário Mariano, diz que, além da situação dos Estados Unidos, ele também viu o momento da Argentina, que passou a exportar menos por conta da crise, como um impulso para o Brasil na última safra. Mariano destaca o aumento das exportações de farelo e óleo.
"A china passou a ser um grande comprador de farelo e até mesmo da matéria prima. O consumo por óleo e farelo aumentou e foi preciso buscar os produtos do Brasil, EUA e Argentina", explica.