O movimento islâmico Hamas negou ter aceitado um acordo para um cessar-fogo de 72 horas, contradizendo o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Abed Rabbu, que havia proposto uma trégua após um suposto acordo entre o Hamas e a Jihad Islâmica.
"A declaração de Yasser Abed Rabbu sobre o Hamas ter concordado com um cessar-fogo durante 24 horas não é correta e não tem nada a ver com a postura da resistência", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. "Vamos considerar um cessar-fogo quando Israel se comprometer com isso, observando as garantias internacionais", completou.
Minutos antes da declaração de Abu Zuhri, líderes palestinos haviam declarado que estavam "preparados" para um cessar-fogo humanitário imediato durante 24 horas prorrogáveis por mais 48 horas.
Já são 1.191 os palestinos mortos desde o início da recente ofensiva de Israel contra Gaza. Os ataques da artilharia israelense se intensificaram desde segunda-feira (28) à noite, especialmente nas zonas de Bureij (centro), Jabaliya (norte) e Rafah (sul). Além disso, o exército israelense anunciou ter matado cinco combatentes palestinos num túnel no interior da Faixa de Gaza.
Mais de 7 mil pessoas ficaram feridas em três semanas de conflitos. Israel também registrou baixas militares, com a morte de dez soldados. O número de soldados israelenses mortos chega a 53, o maior desde a ofensiva contra o movimento xiita libanês Hezbollah, em 2006.
Fonte: Agência Brasil