O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pressionou líderes regionais a firmarem um cessar-fogo em Gaza nesta sexta-feira (25), após o número de civis mortos ter disparado, ameaçando espalhar o banho de sangue entre israelenses e palestinos para a Cisjordânia ocupada e também Jerusalém.
Com Israel e combatentes islâmicos do Hamas apresentando termos aparentemente irreconciliáveis para uma trégua, a qual mediadores esperam que começe antes de uma celebração religiosa muçulmana na semana que vem, Kerry fez diversas ligações do Egito, enquanto seus auxiliares deixaram claro que sua paciência estava se esgotando.
A urgência foi causada pela morte, na quinta-feira, de 15 pessoas em uma escola da ONU onde civis buscam abrigo, no norte da Faixa de Gaza, em um ataque que as qual autoridades locais atribuíram à artilharia de Israel.
Israel disse que suas forças sofreram ataques de guerrilheiros palestinos na área da escola e revidaram fogo, e acusou o Hamas de evitar que qualquer remoção de civis fosse realizada.
Autoridades de Gaza disseram que ataques de Israel mataram 27 pessoas nesta sexta-feira, incluindo o chefe de mídia do Jihad Islâmico, aliado do Hamas, e também seu filho. Assim, o número de mortos palestinos em Gaza em 18 dias já totaliza 819 pessoas, a maioria civis.
Na Cisjordânia ocupada, onde o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem o apoio dos EUA, governa em uma incômoda coordenação com Israel, cerca de 10 mil manifestantes marcharam em solidariedade com Gaza durante a noite, uma escala que relembra revoltas do passado.
Manifestantes foram até um ponto de controle de Israel, atirando pedras e coquetéis molotov, e médicos palestinos disseram que uma pessoa morreu a tiros e 200 ficaram feridas quanto as tropas abriram fogo.
Nesta sexta-feira, a polícia paramilitar israelense ficou em estado de alerta para quaisquer ocorrências na mesquita mais importante de Jerusalém durante as orações para a etapa final do mês sagrado muçulmano do Ramadã.
Fonte: Reuters