A colheita da batata em São Paulo iniciou com atraso de mais de 30 dias. O clima acabou retardando o plantio e, como consequência disso, o produto chega ao mercado ao mesmo tempo em que a batata é produzida em Goiás e Minas Gerais. O problema ocasionou uma oferta maior e baixos preços pagos aos produtores. Além da quebra, a seca reduziu o tamanho da batata.
No município de São Miguel Arcanjo, interior do estado, começou neste fim de semana, mas a quebra deve ficar acima de 20%. Nos oito hectares, o horticultor Antônio Celson Mossin Júnior, vai colher 700 sacas por hectare, cerca de 300 sacas a menos do que em 2013.
Nem a oferta reduzida, que poderia aumentar o preço, vai colaborar este ano. Devido ao atraso, a batata de São Paulo vai chegar ao mercado ao mesmo tempo em que a produção de Minas Gerais e Goiás, ocasionando excesso de mercadoria. "Isto trouxe um reflexo negativo comercial. Coincidiu que todas as produções da região de Goiás, Triângulo Mineiro e também no sul de Minas Gerais, estarem saindo juntas, gerando um excesso de mercadoria", explica o técnico agrícola, Américo Teixeira.
No Rio Grande do Sul, a colheita acaba em 10 dias e a produção local não atende a demanda do estado, que mais consome batata no país. Nem a possível venda para os gaúchos animam os produtores paulistas, que sem muitas alternativas, e com o prejuízo já consolidado, já começam a planejar a próxima safra. "Estou tentando usar como alternativa de semente a batata miúda. Estou tentando achar uma solução para economizar para o próximo plantio", diz o produtor.
Fonte: Rural Br
