Entra em vigor no próximo mês a lei que obriga varejos e comércios a emitirem notas e cupons fiscais com a descrição dos valores e impostos incidentes sobre produtos comprados.
A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff tem o apoio da Associação Comercial de São Paulo (Acsp) e de entidades de classe como Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e Associação Paulista de Supermecados (Apas).
Carlos Pereira, presidente da Associação dos Supermercados de Franca, no interior do São Paulo, considera o prazo para a adequação das redes de hipermercados e pequenos varejistas, curto demais. "Acredito que o período para a adequação das redes de hipermecados deva ser prorrogado, para que as mudanças nos sistemas sejam realizadas, não acredito que a lei comece a valer em junho", acrescentou.
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), explica que mesmo um pequeno varejista terá condições para se adequar as novas exigências. Eles terão acesso a uma cartilha que deverá ficar a disposição dos clientes que queiram conferir o valor do imposto sobre os produtos.
Mudanças no sistema devem acontecer, e o custo não deve ser alto para não afetar os lojistas e comerciários. Um novo sistema de operação será lançado pelo IBPT que desenvolve a estrutura física do projeto.
O lojista Marcelo Iani aprovou a nova lei, que para ele, ajuda o consumidor a ter ideia do quanto está pagando de impostos em cada produto. "A população vai ter a verdadeira noção do absurdo que pagamos de impostos", diz Iani.