O ex-chefe do Exército egípcio Abdel Fattah Al Sissi, eleito presidente com 96,9% dos votos, tomou posse neste domingo (08), um ano depois de ter destituído e detido o antecessor, o islamita Mohammed Morsi. Em cerimônia no Tribunal Constitucional, transmitida pela televisão, o marechal jurou, "em nome de Deus, respeitar a lei e a Constituição" egípcias e preservar a independência da nação e sua integridade territorial.
Al Sissi venceu as eleições presidenciais, realizadas no fim de maio, com 96,9% dos votos. A eleição teve 47,5% de participação dos eleitores. Depois de ter derrubado Morsi, Al Sissi - então chefe do Exército - criou um governo interino, que instalou uma sangrenta repressão dos apoiantes de Morsi, em particular sobre a Irmandade Muçulmana, que havia vencido todas as eleições desde a queda de Hosni Mubarak, no início de 2011.
Mais de 1,4 mil manifestantes pró-Morsi foram mortos pelas balas de soldados e policiais, e mais de 15 mil integrantes da Irmandade Muçulmana foram detidos. A confraria, proibida e decretada "organização terrorista", apelou para o boicote das eleições presidenciais.
Fonte: Agência Brasil