Os calçadistas brasileiros estão comemorando o anúncio de desoneração permanente da folha de pagamento da indústria. O benefício, que terminaria este ano, tem auxiliado o setor em um momento difícil tanto no mercado interno como internacional. A avaliação é da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
Segundo o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein, o quadro negativo, que aponta para uma queda de 4,5% na produção de calçados no primeiro trimestre deste ano no comparativo com igual período de 2013, só não é pior devido a medida do Governo Federal, em vigor desde 2011. "A medida é de extrema importância para a indústria calçadista que, intensiva em mão de obra, terá significativa redução de custos", avalia o executivo. Atualmente o setor calçadista gera mais de 340 mil postos de trabalho.
Além do segmento, mais de 50 setores industriais são beneficiados com o anúncio. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a renúncia, em 2014, deve chegar a mais de R$ 21,6 bilhões. A medida permite que as empresas contempladas substituam o pagamento de 20% da folha de pagamentos como contribuição patronal à Previdência Social por 1% ou 2% - para a indústria calçadista a taxa é de 1% - do faturamento.