Hospital possui grande acervo de animais peçonhentos para a identificação de espécie

Autor: Redação Pop Mundi

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09/02/2014
O acervo de peçonhentos da Unidade de Toxicologia (CIAT-BH) do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, conta com mais de 1500 espécimes. O local recebe os bichos, venenosos ou não, para serem analisados e mantidos. Na maioria das vezes, são animais como escorpiões, aranhas, cobras e lagartas  levados  por vítimas de picadas ou pessoas que os encontram em lotes, obras, ou nas próprias casas.
Coleção é importante para auxiliar pessoas picadas e também para treinamento de profissionais Coleção é importante para auxiliar pessoas picadas e também para treinamento de profissionais/Foto:Reprodução
O CIAT-BH é referência nacional no atendimento, pesquisas, e desenvolvimento de estatísticas na área. 
Um dos maiores objetivos da manutenção do acervo é ajudar as vítimas de picadas na identificação dos animais causadores do ataque, já que muitas vezes elas não são capazes de descrevê-los. Para o tratamento correto ser aplicado, é necessário saber exatamente que espécime ocasionou o acidente. "Muitas vezes é possível saber pelo quadro clínico do paciente que tipo de animal o picou, mas às vezes é preciso fazer uso do acervo para isso", explica o coordenador da unidade de toxicologia Délio Campolina.
A coleção também tem grande importância para o treinamento de profissionais da área, considerando o grande número de estudantes de medicina e outras áreas que faz estágio no local (mais de cem por mês), e que vêm de diversas universidades brasileiras. "Também recebemos muitas visitas técnicas de médicos estrangeiros e estudantes de universidades de outros países, que têm convênio com instituições daqui", afirma Délio.
Segundo o coordenador, além destes fatores, o acervo contribui com informações epidemiológicas sobre áreas com registros de aparecimentos de peçonhentos. "Fazemos um georreferenciamento constante para que sejam feitas ações de saúde e técnicas nos locais necessários", salienta. Também são realizados treinamentos específicos em hospitais, escolas e universidades para melhorar o conhecimento e as ações de saúde. "Estamos em contato direto com o Ministério da Saúde, Instituto Butantan e Fundação Nacional Ezequiel Dias (FUNED), para a promoção de seminários e congressos sobre o assunto", completa o coordenador da Toxicologia.
Em 2013, foram atendidos 1726 pacientes picados por animais peçonhentos no HJXXIII, sendo 1086 por picadas de escorpião. Somente em janeiro de 2014, chegaram ao HPS 182 vítimas deste tipo de acidente.
Fonte: Agência Minas
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