A presidente Dilma Rousseff deve iniciar oficialmente, nesta quarta-feira (29), a terceira de suas reformas ministeriais. A nomeação de Aloizio Mercadante, Arthur Chioro, José Henrique Paim, está confirmada extraoficialmente para a Casa Civil, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. A posse está prevista para a próxima segunda-feira (3), na parte da manhã, no Palácio do Planalto.
No dia 18 de janeiro, Dilma formalizou convite a Aloizio Mercadante, hoje titular da Educação, para que ele substitua a ministra Gleisi Hoffmann na Casa Civil. Gleisi deixará o governo para se dedicar à campanha ao governo do Paraná. Mercadante já vem despachando no Palácio do Planalto desde o início da semana passada. Na saída de Mercadante, o MEC (Ministério da Educação) definiu em 2014 um reajuste de 8,32% no piso nacional dos professores da educação básica e causou atrito com a categoria.
Arthur Chioro, atual secretário da Saúde em São Bernardo do Campo (SP), foi convidado no dia 21 de janeiro pela presidente Dilma para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Alexandre Padilha (SP), que vai concorrer ao governo paulista.
O futuro ministro é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por improbidade administrativa. Chioro afirmou que não vê "nenhuma irregularidade" em ser sócio de uma consultoria que atua na área da saúde ao mesmo tempo em que ocupa o cargo de secretário municipal da Saúde em São Bernardo do Campo (SP), mas pediu afastamento da empresa e cedeu as ações para sua mulher, Roseli Regis dos Reis, que passa agora a ser a sócia majoritária.
A presidente Dilma também deve realizar troca no Ministério do Desenvolvimento com a saída de Fernando Pimentel (PT), que deixará o ministério para concorrer ao governo de Minas Gerias. Uma das apostas de Dilma para ocupar a vaga de Pimentel é o do industrial Josué Gomes da Silva, dono da indústria têxtil Coteminas e filho do vice-presidente José Alencar. Seria uma forma de quebrar a tensão com o setor produtivo.
Contudo, líderes empresariais estão evitando encampar publicamente o nome de Silva para pasta de Desenvolvimento. Apesar de gostarem da opção, não querem se sentir devedores da presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Folha de S.Paulo