O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) saudou hoje (24) o acordo de cessar-fogo entre o governo do Sudão do Sul e os rebeldes. O conselho reiterou seu apoio à missão da ONU no país, alvo de críticas em Juba.
Em declaração unânime, os 15 países-membros "destacam a importância de garantir a viabilidade" desse acordo e de trabalhar sobre ele para alcançar "uma reconciliação total" entre os campos rivais. Os países condenam os ataques feitos contra os civis desde o início dos confrontos, em 15 de dezembro, e "reclamam que aqueles que cometeram esses atos prestem contas".
Os Estados-membros do Conselho de Segurança condenam também os ataques e as acusações lançados contra o grupo da ONU no Sudão do Sul (Minuss) e convidam todas as partes envolvidas a cooperar com a missão no cumprimento de seu mandato. O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, acusou, na segunda-feira (20) a ONU de querer montar "um governo paralelo".
O acordo de cessar-fogo, assinado hoje (24), prevê o fim das hostilidades em 24 horas e o fim de mais de um mês de intensos combates. O documento foi firmado em Addis Abeba, capital da Etiópia, por representantes do presidente Salva Kiir e uma delegação dos rebeldes, que apoiam o vice-presidente deposto Riek Machar. O acordo foi elogiado por diplomatas e negociadores regionais.
O Sudão do Sul, que se separou do Sudão e declarou a independência em 9 de julho de 2011, está em guerra desde meados de dezembro, um conflito que já deixou cerca de 500 mil deslocados e refugiados.
Veja também: