A oposição classificou os encontros realizados por jovens na periferia de São Paulo em shopping como "fenômenos naturais". Para parlamentares do DEM e do PSDB, os chamados "rolezinhos" têm sido motivados pela ausência de respostas do governo aos movimentos que tomaram as ruas do País em junho do ano passado.
"Eu acredito que essa ainda não é uma questão de segurança, é uma questão que tem de ser tratada como fenômeno natural, como nós teremos outros ao longo do tempo", avaliou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), após participar de um almoço com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.
O provável adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições deste ano aproveitou para criticar a postura reativa do governo aos problemas do País. "Nós temos no Brasil historicamente um governo federal que reage, que não planeja e não percebe aquilo que vem acontecendo no Brasil", afirmou. Aécio, contudo, não discordou da postura que o governo tem adotado em relação aos "rolês" e disse achar "saudável que pelo menos eles percebam aquilo que está acontecendo no País".
Segunda época. Para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), essas manifestações são um "filhote" dos movimentos de junho passado. "Estão acontecendo porque não houve respostas à altura. É uma segunda época das manifestações do ano passado", disse Agripino.
O democrata acredita em uma expansão dessas manifestações até junho, na época da Copa do Mundo. "A tendência é encorpar, porque a situação econômica do País se esgotou e o governo não está tomando providências."
Fonte: Agência Estado
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