Sistema interno tem mais de 300 postos para detentos, mas faltam candidatos interessados
Reprodução: Montagem / R7Presos em Brasília desde o último dia 16, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares aguardam autorização da Justiça para trabalhar fora da cadeia. No entanto, um parecer da VEP (Vara de Execuções Penais) colocou o pedido de Dirceu na fila comum para análise e promete endurecer a vida dos mensaleiros, condenados a penas no regime semiaberto, para conseguir trabalhos externos.
Ao contrário da maioria dos detentos, que recorre ao Funap/DF (Fundo de Amparo do Trabalhador Preso do DF) para encontrar emprego, Dirceu e Delúbio conseguiram suas vagas por conta própria, por meio de amigos e advogados. No entanto, se os mensaleiros optassem pelo sistema tradicional prisional para encontrar trabalho, o caminho até o emprego com carteira assinada seria mais fácil.
Atualmente, o Funap/DF tem convênio com 61 empresas, que geram, aproximadamente, 3.000 vagas por ano. Os salários variam de R$ 678 a R$ 1.100, com direito a vale transporte e vale-alimentação, segundo o diretor-executivo da Funap/DF, Adalberto Monteiro. Ele explica que o órgão tem mais de 300 empregos em aberto, com vários benefícios, mas as vagas não são preenchidas porque faltam interessados.
- Hoje não temos filas, está zerado. Pelo contrário, temos mais vagas do que trabalhadores. Se Genoino, Dirceu quiserem vaga, temos vagas por aqui.
Fonte: R7