A informação foi divulgada pela Alta-Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay. "Fomos espionados e nossos e-mails foram copiados", declarou Pillay em Genebra. Segundo ela, documentos que serviriam para orientar Ban em reuniões com líderes internacionais chegaram às mãos de outros governos, antes mesmo que os encontros tivessem ocorrido.
Pillay, uma ex-juíza sul-africana, alertou hoje sobre o risco de que essas práticas minem o trabalho da ONU, inclusive para defender ativistas de direitos humanos ou pessoas que estejam sendo ameaçadas. "Instituições devem poder funcionar de forma adequada", criticou.
Ela confirmou que vem evitando dar qualquer tipo de informação sensível em e-mails. Mas revelou que foi surpreendida hoje mesmo por algo que poderia ser um vazamento de informação no mesmo estilo da espionagem na Internet.
"Hoje, soltaríamos um comunicado sobre um certo país. Antes mesmo desse comunicado sair, recebi uma ligação que o chanceler desse país envolvido queria falar comigo. Como é que eles sabiam?", questionou.
Ela também se diz preocupada diante da segurança de pessoas que recorrem à ONU justamente para pedir ajuda e que, com a espionagem, poderiam estar sob ameaça. "Recebemos informações sobre pessoas que estão desesperadas e que correm risco", declarou.
Agência Estado
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