Os funcionários da rede de supermercados Wal-Mart fizeram cerca de 1,5 mil manifestações em cidades dos Estados Unidos, em protesto contra as condições trabalhistas e baixos salários que recebem da companhia.
"O motivo principal do protesto é contra as práticas ilícitas da companhia", disse Rafael Moreno, um funcionário de origem cubana e morador de Miami que trabalha há quatro anos para a empresa.
Os empregados da rede de supermercados aproveitaram o tradicional dia de descontos "Black Friday" para realizar manifestações em diversas cidades do país, reivindicando aumento salarial, trabalho em período integral para todos os funcionários e o fim da mudança de horários.
"Eu descanso nos dias que eles querem, eu não tenho horário fixo", reclamou Moreno, que contou que ganha cerca de US$ 13 mil anuais, para trabalhar durante 40 horas por semana na filial de Miami Gardens.
Tampa e Orlando foram outras cidades do estado da Flórida em que ocorreram protestos contra a principal rede de supermercados do país. Na cidade de Alexandria, na Virgínia, nove funcionários do Wal-Mart foram algemados e presos durante quatro horas por interromperem o trânsito.
Na cidade de Ontário, no sul da Califórnia, cerca de 150 manifestantes, entre trabalhadores e membros da comunidade, se concentraram desde cedo em uma filial, muitos deles gritando palavras de ordem em espanhol.
A companhia, por outro lado, informou através de um comunicado que "o Wal-Mart oferece salários superiores à média da indústria" e que seus empregados em tempo integral e parcial ganham cerca de US$ 12 por hora.
"Também temos orgulho dos benefícios que oferecemos aos nossos associados, incluindo o acesso aos cuidados de saúde, bônus de desempenho, benefícios de educação, e o acesso a um 401K", afirmou no comunicado o vice-presidente de Comunicações Corporativas, David Tovar.
Leia também: