Criação de carne de rã cresce no Brasil

Autor: Redação Pop Mundi

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29/11/2013
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A criação de rãs cresceu 8% no último ano no país, que é o segundo maior produtor da carne no mundo. A atividade é considerada muito rentável e está atraindo produtores rurais de outras culturas. E a expectativa é de mais crescimento, com a popularização do consumo médio, que hoje é de menos de 100 gramas por pessoa ao ano.

José Messias entrou no ramo há 36 anos. Hoje, integra uma associação de criadores em Hidrolândia, Goiás, que produz até 250 mil anfíbios por mês, o equivalente a cinco toneladas de carne. É o suficiente para abastecer não só o Estado, mas parte de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. "Eu comecei por brincadeira, mas vi que era seria lucrativo. É um animal que se reproduz rapidamente e em quantidade grande", afirma o produtor rural José Messias.

Para começar o negócio, são suficientes R$ 15 mil, uma área de 500 m² e uma caixa d'água de 3 a 5 mil litros, onde é possível criar de 30 mil a 50 mil rãs. O custo de produção é de R$ 6 a R$ 8 por quilo de carne. O ciclo entre a desova, o desenvolvimento do girino, a engorda e o abate dura cerca de sete meses. Atualmente, existem sete unidades de abate e 37 ranários em todo o país, de acordo com o último censo aquícola nacional. A maioria deles está no sudoeste do país. "O consumo de carne de rã no Brasil pode dobrar, pois é um animal com um ciclo bastante curto de produção. Os estabelecimentos não exigem um investimento de grande manejo. O precisa é modificar os hábitos do brasileiro", afirma o coordenador-geral de inspeção do Ministério da Agricultura, Luiz Marcelo Araújo.

E motivos para consumir a carne de rã não faltam. Em valores nutricionais, a iguaria é mais saudável que os outros tipos de carne, como bovina e a de frango. "A carne de rã é hipoalergênica. Ou seja, ela causa menos alergia ao organismo. Ela também é muito rica em proteína e tem baixíssimo valor de colesterol", afirma a nutricionista Cristiane Coronel.

Fonte: Rural Br

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