Líder supremo diz que Irã não cederá em seus direitos nucleares

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

20/11/2013
O líder supremo do Irã Foto: Abril O líder supremo do Irã Ali Khamenei / Foto: Reprodução

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que o país não dará um passo atrás em seus direitos na área nuclear e que foram estabelecidos limites para sua equipe nas negociações sobre o controverso programa nuclear prestes a serem retomadas nesta quarta-feira em Genebra.

Negociadores do Irã e de seis potências mundiais se reunirão por dois dias na cidade suíça pela segunda vez neste mês, depois que na primeira rodada de reuniões faltou pouco para que chegassem a um acordo provisório, o qual só não foi possível, segundo diplomatas, por causa da insistência iraniana no direito de enriquecer urânio e as preocupações da França quanto a um reator iraniano de água pesada.

"Nós insistimos que não vamos recuar um milímetro em nossos direitos", disse Khamenei em um discurso para dezenas de milhares de voluntários da milícia Basij em Teerã, transmitido ao vivo pela emissora iraniana Press TV, com tradução para o inglês.

Mas Khamenei, a autoridade mais poderosa do Irã, disse: "Nós não interferimos nos detalhes dessas conversações. Há certas linhas vermelhas e limites. Isso tem de ser observado. Eles estão orientados a respeitar esses limites."

"Eles não deverão ter medo do que o inimigo diz", afirmou.

Em uma provável referência às sanções impostas ao Irã pela Organização das Nações Unidas (ONU), Estados Unidos e União Europeia por causa de suas atividades nucleares, Khamenei disse: "Eles pretendem aumentar a pressão sobre o Irã. Os iranianos não vão sucumbir a ninguém sob pressão."

"Eles deveriam saber que a nação iraniana respeita todas as nações do mundo, mas nós vamos esbofetear os agressores na cara de tal modo que eles nunca esquecerão", declarou Khamenei, sem se referir especificamente a nenhum país.

Khamenei fez um longo relato do que disse terem sido crimes históricos e esforços em andamento do Ocidente e dos EUA para conquistar a hegemonia no Oriente Médio, mas depois, contudo, ele observou: "Nós queremos manter relações amigáveis com todos os países, até mesmo os Estados Unidos. Nós não somos hostis à nação norte-americana. Eles são como as outras nações do mundo."

Fonte: Reuters

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