Casal pede liberdade provisória após causar prejuízo de R$ 70 milhões a produtores de café

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

30/01/2025

O casal indiciado de apropriação indébita de milhares de sacas de café avaliadas em R$ 63 milhões em Altinópolis, foi preso na última terça-feira, 28, em Caraguatatuba–SP. Eles estavam foragidos desde o dia 17 de janeiro.

O advogado que defende o casal disse durante a audiência de custódia que os foragidos estavam escondidos no litoral paulista porque temiam pela própria segurança.

Ele também argumentou que Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira, 48 anos e Guilherme Osório de Oliveira, 50, são réus primários e estariam dispostos a usar tornozeleira eletrônica para responder em liberdade já que, segundo o advogado, não há o risco de fuga e nem de “dilapidação de patrimônio” já que os bens do casal foram bloqueados. Além disso, ambos confiam que os fatos serão devidamente esclarecidos perante a Justiça e que vão colaborar com as investigações.

 

Entenda o que aconteceu
Mariana e Guilherme são sócios e administradores da Coffee Mogiana, uma empresa de armazenagem de café há cerca de dez anos e já tinham uma relação de confiança estabelecida com os produtores da região. De modo que era normal, armazenarem sacas de café por até dois anos nos galpões.

No dia 16 de janeiro, produtores de café da Alta Mogiana notaram o sumiço das sacas de café armazenadas no galpão do casal.

As investigações apontam que Marina e Guilherme venderam o café no exterior sem qualquer autorização e sem repassar o valor para os produtores, causando um prejuízo que já ultrapassa R$ 70 milhões.

Os empresários acumulam mais de 40 inquéritos, já que as autoridades também investigam eventuais práticas de lavagem de dinheiro e buscam outros possíveis envolvidos no esquema do casal, que pode responder também pelo crime de receptação e crime contra a ordem econômica e tributária.

Na tentativa de garantir uma possível compensação de prejuízos, a Justiça bloqueou 22 imóveis dos indiciados.