A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, segue como desafio de saúde pública no Brasil, agora agravado pela reintrodução do sorotipo DENV-3, que não predominava desde 2008. Este sorotipo tem maior potencial de causar formas graves da doença, especialmente em populações previamente expostas a outros sorotipos. A introdução de novos sorotipos historicamente resultou em epidemias significativas, como entre 2000 e 2002.
O Ministério da Saúde reforça a necessidade de medidas preventivas, como eliminação de focos de água parada, uso de repelentes e vacinação com o imunizante Qdenga, disponível no SUS para adolescentes de 10 a 14 anos. Até agora, 93 mil casos prováveis de dengue foram registrados em 2025, com 11 mortes confirmadas e 104 em investigação. Campanhas de conscientização estão em curso em estados com aumento de casos.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue, coordenando ações preventivas e resposta às situações críticas. Dados apontam aumento na incidência da doença em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná, com monitoramento intensivo dessas regiões para mitigar riscos.