A Polícia Civil de São Paulo realizou duas grandes operações entre os dias 4 e 9 de janeiro, para desarticular organizações criminosas que lucram com a receptação e revenda de celulares furtados ou roubados. Ao todo, mais de 16 mil aparelhos sem comprovação de origem foram apreendidos em ações na capital paulista e na Baixada Santista. Os itens eram usados para conserto ou desmanche, alimentando o mercado ilegal de peças e aparelhos.
Na capital, a Operação Big Mobile foi executada em duas fases. A primeira, no dia 4, resultou na apreensão de 275 celulares. A segunda fase, dois dias depois, concentrou-se na região central da cidade e recolheu 8,3 mil aparelhos, além de levar 32 pessoas à prisão. Mais de 480 policiais participaram da operação, que contou com drones, aeronaves e 213 viaturas.
Já na Baixada Santista, uma operação semelhante realizada no dia 9 em comércios de Santos, Bertioga, Guarujá e Cubatão apreendeu 8,1 mil celulares e prendeu sete pessoas em flagrante por descaminho e infrações tributárias.
As autoridades destacaram que as ações visam conter os crimes patrimoniais, especialmente durante períodos como as festas de final de ano, quando se observou uma queda de 35% nos índices de furtos e roubos na Baixada Santista em comparação ao mesmo período de 2023. Além disso, os aparelhos apreendidos estão sendo analisados para identificação de seus proprietários por meio do código IMEI e cruzamento de dados com boletins de ocorrência.
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, ressaltou a importância da colaboração das vítimas no registro de ocorrências, fundamental para rastrear os aparelhos e estabelecer vínculos entre os crimes e os receptadores.
Somente em 2024, a Polícia Civil recuperou mais de 39 mil celulares no estado, dos quais quase 36 mil já foram devolvidos aos proprietários, em uma ofensiva contra o mercado clandestino que ainda movimenta milhões de reais.
Foto: Divulgação/GovSP