Mais de 20 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. A marca coloca o país na sexta posição mundial em número de casos e acende um alerta sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do controle da condição, especialmente em decorrência do Dia Mundial do Diabetes, celebrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 14 de novembro.
A patologia, caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue, pode demorar para se manifestar. Estima-se que 1 em cada 3 pessoas não sabe que tem a doença, que pode se apresentar em dois tipos principais.
A diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca as células responsáveis pela produção de insulina, enquanto a diabetes tipo 2, mais comum, é caracterizada pela resistência à insulina, levando a um aumento na produção do hormônio, até que o pâncreas não consiga mais controlar os níveis de glicose.
Os fatores de risco que podem desencadear a diabetes incluem obesidade, sedentarismo, idade avançada e histórico familiar. No entanto, a doença tem afetado cada vez mais jovens e crianças, devido à alimentação inadequada e à inatividade física.
Prevenção
Para a endocrinologista Tânia Toreto, da Hapvida NotreDame Intermédica, a chave para a prevenção é adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática regular de exercícios.
“Evitar alimentos ultraprocessados, manter o peso ideal e controlar o estresse são atitudes fundamentais para prevenir a diabetes, especialmente em pessoas com fatores de risco, como histórico familiar”, destaca a médica.
O diagnóstico precoce também é essencial, principalmente, para quem apresenta condições que aumentam a probabilidade de complicações, como hipertensão, colesterol alto ou sobrepeso. Além disso, o rastreamento da diabetes é recomendado para todas as pessoas a partir dos 35 anos.
“A diabetes está frequentemente associada a comorbidades como doenças cardíacas e renais. O controle inadequado pode levar a complicações graves, como AVCs e infartos”, alerta Tânia.
Impacto da doença
O tratamento de diabetes envolve o uso de medicamentos orais e, em alguns casos, insulina. Além disso, é necessário um acompanhamento contínuo dos níveis de glicose no sangue, pressão arterial e colesterol.
“É importante que a população e os profissionais de saúde estejam atentos ao diagnóstico precoce e ao controle adequado da doença, pois a diabetes é uma condição que, se não tratada corretamente, pode levar a complicações graves e impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, conclui a médica endocrinologista.