A Polícia Federal (PF) deu início a uma investigação minuciosa sobre as explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira, 13. Usando técnicas avançadas, como a reconstrução digital em 3D da cena, os peritos buscam esclarecer a dinâmica do ataque e coletar evidências.
As explosões ocorreram por volta das 19h30, com uma primeira detonação de explosivos em um carro estacionado próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados, seguido por uma segunda explosão, envolvendo o próprio autor, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, o responsável pelo ataque é Francisco Wanderley Luiz, de 46 anos, conhecido como Tiu França. Ele é chaveiro e ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina.
De acordo com Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o carro usado na ação pertencia ao próprio Francisco Wanderley Luiz. Ele já era conhecido por tentativas anteriores de acesso ao STF e, desta vez, acabou morrendo durante a detonação dos artefatos. A Polícia Federal trabalha para confirmar se ele agiu sozinho ou se contou com apoio de outras pessoas.
Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) foram acionados logo após o ocorrido e estão encarregados de coletar vestígios no local, incluindo restos dos explosivos, para determinar sua origem e se houve envolvimento de terceiros. A PF já abriu um inquérito para aprofundar as investigações e garantir que todas as circunstâncias do ataque sejam esclarecidas.
Em publicação nas redes sociais, Paulo Pimenta afirmou que o governo espera respostas rápidas da PF sobre o ocorrido.
Segundo o ministro, ainda restam dúvidas sobre os movimentos de Francisco Wanderley Luiz antes do ataque, incluindo possíveis visitas a gabinetes e contatos feitos nos dias anteriores.