Em São Paulo, a suinocultura vive um dos melhores momentos da história. Segundo a Consultoria MBAgro, de outubro do ano passado para o mesmo mês deste ano, a rentabilidade do suinocultor paulista aumentou mais de 30%.
Entre junho e julho de 2012, quando a suinocultura enfrentava uma das piores crises do setor, o produtor paulista chegou a ter margem negativa de 22%. Segundo o analista da MBAgro, Cesar Castro Alves, hoje, com um custo de produção menor e com a valorização do suíno, a rentabilidade agrada. "Os preços subiram muito nos últimos meses, com essa pressão grande de custo no ano passado tirou muita gente do setor, então, a oferta reduziu... Isso permitiu a recuperação sólida de preços que ainda persiste, e porque fez as margens da suinocultura boas neste momento", disse.
O produtor Eduardo Walravens produz suínos há 25 anos na região de Holambra, interior de São Paulo. A crise dos últimos anos, com preços baixos e alto custo de produção, fez com que ele diminuísse o plantel de 300 para 200 matrizes. "Reduzi um terço do plantel, mas foi por insegurança", salienta Walravens.
O suinocultor paga atualmente R$ 25 pela saca de 60 quilos de milho, produto essencial para a alimentação dos animais. No ano passado gastava R$ 32. O que preocupa é o preço do farelo de soja, cerca de R$ 1,200 a tonelada. Mesmo mais baixo do que em 2012, ainda é considerado alto.
Ainda neste ano o governo federal deve anunciar o preço mínimo da carne suína brasileira. Alves acredita que o apoio está vindo com um pouco de atraso.
Fonte: Rural Br