Polícia prende ex-vereador de Ribeirão Preto foragido em Pernambuco

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

11/11/2024

Na manhã desta segunda-feira, 11, a Polícia Civil de Pernambuco anunciou a prisão de Élio Oliveira Júnior, ex-vereador de Ribeirão Preto, ex-vice-prefeito de Itu e foragido da Justiça após ser condenado por ser mandande do homicídio do advogado Humberto da Silva Monteiro e pela tentativa de homicídio do radialista Josué Dantas em 2006.

Oliveira Júnior, como é conhecido, foi preso em um hotel no bairro de Casa Caiada, em Olinda, na última quarta-feira, 6, embora sua prisão tenha sido divulgada somente agora.

A operação policial contou com a Delegacia de Roubos e Furtos de Olinda, da Diretoria de Inteligência Policial (DINPOL) e da Polícia Rodoviária Federal para cumprir o mandado de prisão emitido pela 2ª Vara Criminal e Tribunal do Júri de Itu.

Relembre o caso
Em 2006, o advogado Humberto da Silva Monteiro foi assassinado com dois tiros na cabeça no centro de Itu, enquanto estava no banco do passageiro de uma caminhonete conduzida por Josué Dantas Filho, radialista e funcionário da prefeitura. Dantas também foi alvo dos disparos, mas não foi atingido. A suspeita é de que divergências políticas tenham motivado o crime.

Além de Oliveira Júnior, outros envolvidos foram Tiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi, que estariam em uma moto na cena. Luís Antônio Roque, conhecido como Tonhão, e Nicéias Brito, ex-policial militar, atuaram como seguranças de Oliveira e foram condenados pelo caso.

Oliveira Júnior, então vice-prefeito de Itu, foi autorizado a responder ao processo em liberdade devido à sua residência fixa, mas não foi localizado pelas autoridades e nunca chegou a ser preso.

Outros acusados foram presos e condenados, enquanto José Roberto Trabachini, ex-líder de torcida do Ituano, foi preso sob a acusação de tentativa de contratação dos assassinos, mas foi absolvido. Após o crime, Oliveira Júnior foi eleito vereador em Ribeirão Preto, onde exerceu mandato até 2011, quando foi cassado por quebra de decoro parlamentar por dirigir sob efeito de bebida alcoólica, direção perigosa e desacato à autoridade policial.

Durante a operação da semana passada, Oliveira Júnior apresentou documentos falsos durante a abordagem. Além da sentença de 20 anos em regime fechado a qual foi condenado, ele deve enfrentar também a acusação de falsificação de documentos.