O novo modelo de pedágio “free flow”, que permite a passagem livre de veículos sem cancela, registrou 12 mil casos de evasão no primeiro mês de operação no estado de São Paulo. A SP-333 (Rodovia Laurentino Mascari), em Itápolis, foi a primeira a adotar essa forma de cobrança, que funciona desde 4 de setembro.

Segundo dados da concessionária EcoNoroeste, responsável pela rodovia, as evasões representam 8,4% do tráfego de aproximadamente 143 mil veículos, reduzindo a receita prevista em 7%.

A tarifa de R$ 8,90 é cobrada automaticamente de veículos que possuem tags, dispositivos colados no para-brisa e usados em sistemas de pedágio e estacionamento sem parada. Para motoristas sem o dispositivo, a cobrança pode ser realizada até 30 dias após a passagem.

O prazo, que antes era de 15 dias, foi estendido recentemente pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para oferecer mais tempo aos motoristas.

Aqueles que não efetuarem o pagamento dentro do período terão a infração registrada automaticamente pelos órgãos de trânsito, gerando uma multa de nível grave no valor de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A EcoNoroeste informou que está desenvolvendo canais de pagamento, como aplicativos e locais físicos, para facilitar a quitação das tarifas.

O sistema de pedágio sem cancela já foi testado em outras regiões do país, como na BR-101, no Rio de Janeiro, onde a inadimplência inicial também foi de 8,4% em 2023, mas caiu para 6,1% em junho deste ano, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em Minas Gerais, a rodovia MG-459, entre Ouro Fino e Monte Sião, também registrou adesão ao modelo recentemente, mas com uma inadimplência mais baixa, de 2,9%.