Nesta quarta-feira, 23, torcedores do Peñarol protagonizaram cenas de vandalismo e confronto com a polícia na orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Mais de 200 uruguaios foram detidos e serão expulsos do estado, conforme anunciado pelo governador Cláudio Castro. A confusão começou após o furto de um celular em uma padaria, horas antes da partida entre Peñarol e Botafogo pela semifinal da Libertadores.
A briga, que envolveu torcedores mascarados e armados com paus e pedras, deixou um rastro de destruição na Avenida Lúcio Costa. Quiosques foram vandalizados, comerciantes saqueados e veículos danificados. A Polícia Militar precisou usar bombas de efeito moral para tentar conter os torcedores, que estavam em maior número e causaram transtornos no trânsito local, com interdições temporárias da via.
Depois que foram contidos pelas autoridades, um dos torcedores uruguaios foi flagrado fazendo gestos racistas para os brasileiros. Ele foi destacado e conduzido separadamente por uma equipe de policiais.
As chefias das torcidas organizadas do Peñarol foram levadas para a 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar depoimento, enquanto os demais foram conduzidos à Cidade da Polícia. Entre os detidos, um uruguaio foi preso por furtar um celular de um quiosque. O confronto entre a polícia e os torcedores durou mais de 40 minutos, com momentos de alta tensão e resistência por parte dos torcedores uruguaios.
Essa não é a primeira vez que torcedores do Peñarol se envolvem em confusões no Rio de Janeiro. Em setembro, um incidente semelhante ocorreu na Praia da Macumba. Em 2020, um torcedor do Flamengo foi morto em confronto com a torcida do clube uruguaio, e, em 2019, cerca de 100 torcedores do Peñarol foram detidos após tumulto na orla do Leme, na Zona Sul.
A partida entre Peñarol e Botafogo, válida pelas semifinais da Libertadores, estava marcada para às 21h30 no Estádio Nilton Santos. Mesmo com a confusão, o jogo foi mantido, mas sem registro de torcedores do Botafogo participando dos confrontos.