Rosana Baldim, de 53 anos, e ex-sogra de Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, fez um apelo emocionado e indignado contra o pedido de habeas corpus do engenheiro, acusado de tentativa de feminicídio. Em um ataque brutal, ocorrido no dia 21 de outubro, Luis Fernando esfaqueou a ex-mulher, a filha de um ano e Rosana, dentro do apartamento onde a família morava, no Condomínio Ecoville, em Franca.

Em um vídeo comovente, Rosana implorou por justiça: “Eu sou a mãe da Amanda, a moça que foi esfaqueada pelo ex-marido. Eu peço que esse caso vá para júri popular, porque não é justo que um homem tão perigoso esteja solto para fazer o que fez, não só comigo, mas com a minha filha e minha neta”. A ex-sogra do acusado também dirigiu críticas diretas ao advogado de defesa: “Você pedir habeas corpus para um homem que fez o que ele fez? Não sei como qualificá-lo. Você não deve ter esposa, nem filho, para ter coragem de defender um homem desses”.

Luis Fernando, de 31 anos, já havia sido preso por descumprir medidas protetivas contra Amanda, mas mesmo assim voltou a atacá-la. Segundo a delegada responsável pelo caso, Juliana Paiva, o engenheiro não demonstrou nenhum arrependimento. No dia do ataque, ele invadiu o apartamento utilizando uma tag de morador, arrombou a porta do banheiro onde as vítimas estavam escondidas e iniciou as agressões com uma faca, perfurando o pulmão da ex-companheira e deixando diversos cortes em seu corpo.

Além de tentar matar Amanda, Luis Fernando agrediu Rosana e ameaçou a vida da filha de um ano do casal. “A intenção dele era matar as três”, afirmou a delegada. Rosana também destacou o trauma que o episódio deixou: “As imagens ainda estão na minha mente, eu nunca imaginei que passaria por algo assim”.

Atualmente, Luis Fernando está preso na Penitenciária de Franca, após passar por audiência de custódia e ter a prisão preventiva mantida pela Justiça, mas sua defesa já anunciou que tentará reverter a decisão com um pedido de habeas corpus. Rosana, porém, pede o apoio popular para impedir que ele volte às ruas: “Eu peço que esse habeas corpus não seja aceito. Nós, mulheres, precisamos ser ouvidas. Ele deve pagar pelo que fez”.

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