O 22º Concurso de Qualidade de Cafés, promovido pela Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC), registrou um marco histórico ao vender a saca de café mais cara da região. Pela primeira vez, desde a criação do concurso, uma saca de 60 kg foi arrematada por R$ 25 mil durante o Leilão dos Campeões, realizado na semana passada. O valor é 15 vezes maior que a média dos cafés especiais, que gira em torno de R$ 1,7 mil por saca.
Reunindo mais de 350 produtores de 23 cidades da Alta Mogiana, o evento engloba 16 municípios paulistas e sete mineiros. Além do concurso, a programação incluiu o 9º Fórum de Qualidade, com palestras, mesas redondas, degustação dos cafés finalistas (cupping) e um campeonato de filtrados. À noite, a Cerimônia de Premiação e o Leilão dos Campeões marcaram o encerramento.
O concurso é dividido em três categorias: café natural, café fermentado e café produzido por mulheres. Neste ano, foram 107 amostras participantes, e as sacas vencedoras passaram por duas fases de avaliação, com destaque para o café Geisha, de Flávio Antônio de Matos, da Terracota Specialty Coffee, que atingiu 91,43 pontos e venceu a categoria café natural, estabelecendo o novo recorde. Além de Flávio, Thelma de Lima Peixoto e Marilise Faleiros, ambas de Ibiraci–MG, foram campeãs nas categorias café fermentado e melhor café produzido por mulheres, respectivamente.
A gestora executiva da AMSC, Martha Grill, destacou que o sucesso do leilão vai além do recorde financeiro, com a aquisição dos cafés vencedores por empresas brasileiras. “Isso significa que poderemos desfrutar dos melhores cafés que produzimos aqui no Brasil, um orgulho para a Alta Mogiana”, afirmou.