O homem suspeito de agredir e manter em cárcere privado sua companheira, Marlete Maria de Oliveira, de 47 anos, continua foragido. O crime aconteceu em 9 de agosto, em Igarapava, cidade localizada a 85 km de Franca. Apesar das buscas, André Luiz da Silva, de 35 anos, não foi encontrado pelas autoridades até o momento.
O caso começou com um suposto acidente de trânsito em uma estrada vicinal, na divisa com o município de Aramina. Marlete foi socorrida no local com lesões incompatíveis com um acidente, segundo os médicos. Em um breve momento de consciência, ela revelou que havia sido agredida por André e mantida em cárcere privado. Ele fugiu assim que percebeu a presença da Polícia Militar no hospital.
A filha da vítima, Cleizer Morais, desabafou sobre a dor e a frustração que tem vivido desde a tragédia. “A gente tá de mãos atadas, nós não sabemos o que fazer. Ele segue solto e a cada dia fica mais difícil. Não tenho recebido atualizações frequentes das buscas, o que só aumenta a angústia”, afirmou. Cleizer contou ainda que não houve sinais de violência no início do relacionamento, mas que tudo mudou quando sua mãe tentou se afastar. “No começo era até legal, mas depois que ela descobriu algumas coisas e quis largar, ele não aceitou. Ele sempre foi agressivo e dissimulado, um verdadeiro psicopata”, disse emocionada.
Segundo Cleizer, mesmo medidas como uma ordem de proteção não teriam evitado o que aconteceu. “Ele não tem medo de nada, não tem nada a perder. No dia do crime, ele chegou a simular um acidente, mas a verdade é que ele sequestrou minha mãe e a manteve presa.” A filha também revelou que possui provas das ameaças que o homem fez contra Marlete. “Eu tenho áudios dele ameaçando ela, e dela confrontando ele sobre o que ele fez, mas ele negava tudo. Tenho tudo guardado.”
Cleizer desabafou sobre o impacto emocional devastador da perda da mãe e a falta de apoio: “Eu tô enlouquecendo, não sei o que fazer. Só sei que não vou mais ficar calada. Vou clamar por justiça até o fim.”
As buscas por André Luiz da Silva continuam, e qualquer informação que possa levar ao seu paradeiro deve ser comunicada à polícia imediatamente.