Duas operações conduzidas pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, desmontaram um esquema de fabricação e venda de cigarros falsificados. Mais de 170 policiais federais cumprem dois mandados de prisão, 41 de busca e apreensão, além de bloqueios e sequestro de bens dos suspeitos. Quase R$ 1,5 bilhão teria sido movimentado pelos criminosos.

As operações Sinal de Fumaça, em Uberaba, e Nicotina Falsa, no Distrito Federal, começaram após denúncias de venda de cigarros falsificados ou contrabandeados nos municípios de Valparaíso de Goiás, no entorno do Distrito Federal, e em Uberaba–MG. A polícia também investiga a exploração de trabalhadores paraguaios, mantidos em condições análogas à escravidão para a produção dos cigarros falsificados.

“O inquérito policial indica que os investigados teriam começado com a venda de cigarros legítimos, mas passaram a vender produtos de uma fábrica clandestina, provavelmente em Minas Gerais, em busca de lucros maiores”, informou a Polícia Federal. O grupo usava documentos e notas fiscais falsas para distribuir os cigarros no país.

Apesar da aparência modesta dos locais de distribuição, segundo a PF, as investigações apontaram a movimentação de R$ 1,47 bilhão no esquema. Os envolvidos podem responder por falsificação de cigarros, documentos tributários, comércio de produtos impróprios para consumo, trabalho escravo e lavagem de dinheiro.