Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, abriu-se sobre sua batalha contra a depressão, que começou na adolescência. Aos 39 anos, o piloto da Mercedes contou que sofreu bullying na escola e buscou ajuda profissional, mas a terapia não trouxe os resultados esperados na época. “Conversei com uma mulher, anos atrás, mas isso não ajudou muito. Hoje, eu gostaria de encontrar alguém”, afirmou.
“Quando eu estava na casa dos 20 anos, passei por algumas fases muito desafiadoras. Quero dizer, eu tive dificuldades com minha saúde mental ao longo da minha vida. Depressão. Desde muito jovem, quando eu tinha, tipo, 13 anos. Acho que era pela pressão das corridas e as dificuldades na escola. O bullying. Eu não tinha ninguém com quem conversar.”, afirmou em entrevista ao jornal The Sunday Times.
Para lidar com suas questões emocionais, Hamilton adotou práticas como retiros de silêncio e leitura de livros de autoajuda. “Você aprende sobre coisas que foram passadas para você pelos seus pais, percebe esses padrões, como você reage às coisas e como pode mudá-las. Então, o que poderia ter me causado raiva no passado não me irrita hoje. Estou bem mais refinado.”, disse Hamilton, que se considera mais equilibrado em relação ao passado.
Em relação à sua carreira, Hamilton assegura que está em ótima forma e não tem planos de aposentadoria. Honestamente, agora me sinto mais saudável do que nunca. Estou em um ótimo lugar, fisicamente e mentalmente. Meus tempos de reação são ainda mais rápidos do que os dos jovens. Acho que sou um piloto melhor do que era aos 22 anos. Naquela época, eu era apenas jovem, cheio de energia e implacável, mas sem finesse, sem equilíbrio. Eu não sabia como atuar em equipe, como ser um líder. Ser um bom piloto não é só ser rápido, é sobre ser o mais completo. Quando analiso as lendas, elas se diferenciam por pequenas porcentagens, então é o pacote completo: ‘o que elas representam, defendem?’. Eu olho para Ayrton Senna e Nelson Mandela, e quero ser a junção dessas duas pessoas.”, declarou.
Atualmente, ele ocupa a 6ª posição no campeonato da Fórmula 1, com 174 pontos, e se prepara para a próxima corrida, que acontecerá nos Estados Unidos, no GP de Austin, no dia 18 de outubro.